segunda-feira, 18 de abril de 2011

Foxconn pensa em investir alto no Brasil



No dia 12 de abril, a Foxconn Technology Group anunciou a possibilidade de investir US$ 12 bilhões em suas unidades fabris no Brasil (são três ao todo, uma em Manaus (AM), uma em Jundiaí (SP), outra em Indaiatuba (SP), principalmente para fabricação de telas (displays). Segundo a agência de notícias Reuters, a presidenta Dilma Rousseff, que está em visita à China, disse que o governo está estudando o plano de investimento da fabricante de componentes eletrônicos.

“Temos uma ampla margem de investimentos que vão de US$ 300 milhões a US$ 12 bilhões em cinco ou seis anos, no caso da Foxconn”, disse Rousseff, segundo a Reuters. A atitude da empresa chinesa pode ajudar outras companhias de eletrônicos a investirem em países da América Latina e principalmente no Brasil, onde os impostos de produção e importação afastam os fabricantes. Entre os clientes da Foxconn estão Apple, Hewlett Packard, Dell, entre outros.

Mas, como faz parte do BRIC (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China), grupo de países em desenvolvimento com economias fortes e emergentes, o país começa a ser visto como um forte mercado consumidor. Para driblar os altos impostos, os produtores de eletrônicos optam por se estabelecer na zona franca de Manaus, no Estado do Amazonas, uma área de livre comércio, em que não são cobrados impostos de importação sobre os produtos comprados no exterior.

No mesmo dia deste anúncio, o ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante, afirmou que a Foxconn pretende iniciar a produção do iPad em suas fábricas brasileiras até o final de novembro. “As negociações estão longe de terminar, mas estou confiante”, disse o ministro.

No dia 13 de abril, o ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, continuou divulgando notícias sobre a suposta fábrica, dizendo que ela será em São Paulo e estabelecendo especificações que serão exigidas pelo governo brasileiro para a fabricação do produto, como metas de produção anual e a porcentagem de equipamentos nacionais que deve ser utilizado na produção do tablet. Para que a fábrica fosse instalada, segundo declarações do ministro ao Portal G1, o governo brasileiro exigiu transferência de tecnologia e parcerias com empresas brasileiras.


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